quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

MANUEL DEODORO DA FONSECA

MANUEL DEODORO DA FONSECA: Nasceu no dia 05 de agosto de 1827, em Alagoas. Era filho de Manuel Mendes da Fonseca e Rosa Maria Paulina da Fonseca. Exerceu a função de Presidente no Governo Provisório de 15 de novembro de 1889 a 24 de fevereiro de 1891, e logo em seguida, o Governo Constitucional de 25 de fevereiro de 1891 a 23 de novembro de 1891. Era conhecido pelo apelido de “Generalíssimo”. Deodoro tinha o porte esbelto e altivo, o olhar agudo e vivo, os cabelos claros e de um ondulado largo e sedoso, e nas barbas sempre recendentes a Violeta, que era o perfume que ele gostava. Aos 16 anos foi matriculado na Escola Militar do Rio de Janeiro onde fez o curso de Artilharia. Aos 18 anos alistou-se como voluntário no Quarto Batalhão de Artilharia a Pé e, em poucos meses já se tornava cadete de primeira classe. Um ano depois de se formar foi enviado ao Recife para participar de sua primeira ação militar, que foi conter a “Revolta Praieira” (1848-1850). Casou-se aos 33 anos, no dia 16 de abril de 1860, com Maria Cecília de Souza Meireles, que conhecera um ano antes. O casal não teve filhos. Talvez por isso, ele passou a criar o sobrinho que ele adorava: Hermes da Fonseca, que também chegou à Presidência. Sua carreira Militar começa pelo título de primeiro-tenente, quatro anos depois foi promovido a capitão, cinco anos depois, participou do cerco a Montevidéu pouco antes de Uruguai, Argentina e Brasil firmarem a Tríplice Aliança para bloquear a ofensiva de Solano Lopes. Em março de 1865, seguiu com o Exército brasileiro para o Paraguai, que havia declarado guerra ao Brasil. Deodoro comandava o Segundo Batalhão de Voluntários da Pátria, recebeu a comenda de Cavaleiro da Ordem do Cruzeiro, e logo em seguida foi nomeado major. Em 1868 foi promovido a tenente-coronel por atos de bravura, e no mesmo ano tornava-se coronel, também recebeu a Medalha do Mérito Militar. Em 1874 foi promovido a general-de-brigada (então “brigadeiro”) e em 1887 tornava-se marechal-de-campo. Por se recusar a perseguir os escravos fugidos e pelo seu envolvimento na “Questão Militar”, Deodoro foi exonerado da função de Presidente da Província do Rio Grande do Sul, cargo que ocupava desde o ano anterior. Voltou para a Corte e foi eleito presidente do Clube Militar (entidade que ajudou a fundar no Rio de Janeiro). Em 1888, com a Abolição da Escravatura, foi chamado pelos republicanos para liderar o golpe que proclamou a República, em 15 de novembro de 1889,tornando-se chefe do Governo Provisório. Tinha à época, como adversários políticos: Prudente de Moraes, marechal Floriano Peixoto, Joaquim Saldanha Marinho e José Higyno Duarte Pereira. Segundo a Constituição de 1891, presidente e vice-presidente eram votados separadamente, disso podendo resultar eleitos de partidos diferentes. Nessa eleição foi eleito o Sr. Manuel Deodoro da Fonseca, com 129 votos e Floriano Peixoto com 153 votos ficou com a vice-presidência. Como primeiro ato, concedeu nacionalidade brasileira aos imigrantes estrangeiros radicados no país. A sede do governo central passou a ser o Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro. Em 15 de novembro de 1890, data do primeiro ano da República, foi instalado no país um Congresso Constituinte, que produziu nossa primeira Constituição Republicana (a anterior datava de 1824). Depois de sua gestão, passou o poder para Floriano Peixoto e encerrou a carreira militar e política, ficando em sua casa no Rio de Janeiro, de onde só saía para fazer caminhadas com seu amigo Henrique Pereira de Lucena (Barão de Lucena), por problemas de saúde. Na véspera de sua morte, Deodoro quis confessar-se e, logo depois, reuniu a família e pediu para que todos não se esquecessem de celebrar os 33 anos da morte do seu pai. No dia seguinte (23 de agosto de 1892), às 12h20, em sua casa na Rua Senador Vergueiro, morria o primeiro presidente da República brasileira. No seu enterro, apenas uma medalha sem nenhum valor foi colocada. Esse foi o desejo de Deodoro antes de morrer, querendo levar consigo essa medalha como última recordação (era a Medalha da Confederação Abolicionista). Ao renunciar à Presidência em 23 de novembro de 1891 disse: “Brasileiros! Ao sol de 15 de novembro de 1889, dei-vos com meus companheiros uma pátria livre e descortinei-lhe novos e grandiosos horizontes, dignificando-a e engrandecendo-a aos olhos dos povos todos do mundo. Esse acontecimento de elevadíssimo quilate patriótico, aplaudido pela nação, fazendo-a entrar em nova fase na altura de seus destinos históricos, é para mim e será sempre motivo do mais nobre e justo orgulho. Circunstâncias extraordinárias, para as quais não concorri, perante Deus o declaro, encaminhavam os fatos a uma situação excepcional e não prevista. Julguei conjurar tão temerosa crise, pela dissolução do Congresso, medida que muito me custou a tomar, mas de cuja responsabilidade não me eximo”.
“O Marechal Deodoro da Fonseca foi sempre um valente e brioso militar. Numa existência de 65 anos, quase foram 50 anos dedicados inteiramente à grandeza da Pátria, cuja honra e integridade defendeu nos campos de batalha, várias vezes arriscando a própria vida. A sua brilhante carreira militar é um belo exemplo digno de ser lembrado constantemente, porque resume em si os mais puros ensinamentos”.

Marechal Deodoro da Fonseca
Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar)
Fonte: Presidentes do Brasil - Editora Rio.

FONTE: http://institutohistoriar.blogspot.com/2008/08/srie-presidentes-do-brasil.html

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