quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

JUNTA MILITAR DE 1969 AUGUSTO HAMANN RADEMAKER GRÜNEWALD:

JUNTA MILITAR DE 1969
De 31 de agosto de 1969 a 30 de outubro de 1969
AUGUSTO HAMANN RADEMAKER GRÜNEWALD:
Nasceu no dia 11 de maio de 1905, no Rio de Janeiro, antigo Distrito Federal. Filho de Jorge Christiano Rademaker grünewald e Ana Guilhermina Rademaker Grünewald. Morou na Avenida Paulo de Frontin, no bairro de Rio Comprido, Rio de Janeiro. O curso primário foi feito no Colégio Santa Cecília. Aos 12 anos, ingressou no Colégio Pedro II, para os estudos secundários, ali permanecendo de 1917 a 1922. Foi o pioneiro do time de basquete da Associação Cristã de Moços (ACM). Em 1923 ingressou na Escola Naval do Rio de Janeiro, sentando praça em maio. Jovem ainda, com 22 anos, graduou-se como guarda-marinha em janeiro de 1927 e embarcou em uma viagem de conclusão de curso. Casou-se com Ruth Kist Rademaker e tiveram cinco filhos: Eliana, Anecy, Ana Laura, André e Guilherme. Sua ascensão nos quadros da Marinha, Rademaker tornou-se contra-almirante em 1958 e, em 1961, passou a comandante-em-chefe de esquadra, promovido a vice-almirante. Atingiu o posto máximo da carreira naval em 1964, quando se tornou almirante-de-esquadra. Em março desse ano, após a intensa crise política, em decorrência da renúncia de Jânio Quadros e de sua sucessão por João Goulart, o presidente foi deposto. Nesse momento, o almirante Rademaker representou sua Arma na Junta Governativa formada, o “Comando Supremo da Revolução”, ao lado do brigadeiro Francisco de Assis Correia de melo, da Aeronáutica, e do general Arthur da Costa e Silva, que era o primeiro na hierarquia, que era considerado o Comandante Supremo. Assim que o presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli, foi empossado pela Junta, o almirante Rademaker assumiu o Ministério da Marinha. Recebeu diversas condecorações: Medalha de Serviços de Guerra, Medalha da Força Naval do Nordeste, Ordem do Mérito Naval, Alta Distinção (da Ordem do Mérito Jurídico-Militar), Medalha Militar de Platina, Medalha do Mérito Tamandaré, Oficial da Legião de Honra dos Estados Unidos, Oficial da Legião de Honra da França, Medalha Naval Vasco da Gama, Grã-Cruz do Mérito Naval do Peru. Com o impedimento temporário de Costa e Silva, por motivo de saúde, o almirante Augusto Rademaker, ministro da Marinha à época, assumiu a chefia do governo por força do Ato Institucional nº 12 (AI-12) de agosto de 1969, compondo a Junta Militar que governou o país durante dois meses. Da Junta Militar também faziam parte o brigadeiro Márcio de Mello e Souza e o general Lyra Tavares. No dia 04 de setembro, a Junta Militar foi informada do seqüestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, ação realizada com o objetivo de negociar a libertação de quinze presos políticos (entre eles Vladimir Palmeira, José Dirceu e Ricardo Zaratini). Considerado um ato de guerra revolucionária pelos militares, o seqüestro terminou dia 07 de setembro com a troca efetuada, sendo libertado o embaixador, com a chegada dos presos políticos ao México. No dia seguinte foi criado o Ato Institucional nº 13 (AI-13), que criou a pena de banimento aos presos políticos,e o Ato Institucional nº 14, criando a pena de morte e prisão perpétua para os casos de guerra psicológica e de guerra revolucionária e subversiva. Pressionados para definir a sucessão, os titulares da junta convocaram uma reunião com o alto comando de cada Arma e foi formada a “Comissão dos 3M”, composta pelos generais Antônio Carlos Muricy, Emílio Garrastazu Médici e Jurandir de Bizarria Mamede. Foi editado o AI-16, declarando vagos os cargos de Presidente da República, e o AI-17, que dava à Junta Militar o direito de transferir os exaltados para a reserva, e escolheram o general Médici para a Presidência da República. O almirante Rademaker foi escolhido para ser o Vice-Presidente, aos 64 anos de idade, no momento da posse. Eles governaram o país até março de 1974. O almirante Augusto Hamann Rademaker Grünewald morreu aos 80 anos, em setembro de 1985, no bairro da Urca, onde morava, e foi sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier (Cemitério do Caju). Foi parte de seu discurso: “Não é apenas a faixa simbólica dos Poderes da República que ora entregamos a Vossa Excelência depositário, a partir deste momento, da confiança do Congresso Nacional e das Forças Armadas, vale dizer de todo o povo brasileiro. Esta incumbência é honra insigne para nós, Ministros Militares, que nos vimos na dura contingência de [...] de substituir o preclaro Presidente Arthur da Costa e Silva, cuja saúde foi sacrificada, sem poupar a sua pessoa, pela sua inexcedível dedicação, de espírito e de coração, aos ingentes deveres do cargo em que Vossa Excelência a ele sucede. [...]”.
Augusto Rademaker
Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro (membro do Instituto Historiar).
Fonte: Presidentes do Brasil, Editora Rio.

Um comentário:

  1. BEM TENHO MUITO ORGULHO DE TER O MESMO NOME DESSE HOMEN TÃO IMPORTANTE.UM FORTE ABRAÇO!!!!!!

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