ALLAH-LÁ-Ô Haroldo Lobo-Nássara, 1940 Allah-lá-ô, ô ô ô ô ô ô Mas que calor, ô ô ô ô ô ô Atravessamos o deserto do Saara O sol estava quente Queimou a nossa cara Viemos do Egito E muitas vezes Nós tivemos que rezar Allah! allah! allah, meu bom allah! Mande água pra ioiô Mande água pra iaiá Allah! meu bom allah | CACHAÇA Mirabeau Pinheiro-Lúcio de Castro-Heber Lobato, 1953 Você pensa que cachaça é água Cachaça não é água não Cachaça vem do alambique E água vem do ribeirão Pode me faltar tudo na vida Arroz feijão e pão Pode me faltar manteiga E tudo mais não faz falta não Pode me faltar o amor Há, há, há, há! Isto até acho graça Só não quero que me falte A danada da cachaça |
AURORA Mário Lago-Roberto Roberti, 1940 Se você fosse sincera Ô ô ô ô Aurora Veja só que bom que era Ô ô ô ô Aurora Um lindo apartamento Com porteiro e elevador E ar refrigerado Para os dias de calor Madame antes do nome Você teria agora Ô ô ô ô Aurora | CABELEIRA DO ZEZÉ João Roberto Kelly-Roberto Faissal, 1963 Olha a cabeleira do zezé Será que ele é Será que ele é Será que ele é bossa nova Será que ele é maomé Parece que é transviado Mas isso eu não sei se ele é Corta o cabelo dele! Corta o cabelo dele! |
ABRE ALAS Chiquinha Gonzaga, 1899 Ó abre alas que eu quero passar Ó abre alas que eu quero passar Eu sou da lira não posso negar Eu sou da lira não posso negar Ó abre alas que eu quero passar Ó abre alas que eu quero passar Rosa de ouro é que vai ganhar Rosa de ouro é que vai ganhar | A JARDINEIRA Benedito Lacerda-Humberto Porto, 1938 Ó jardineira porque estás tão triste Mas o que foi que te aconteceu Foi a camélia que caiu do galho Deu dois suspiros e depois morreu Vem jardineira vem meu amor Não fiques triste que este mundo é todo seu Tu és muito mais bonita Que a camélia que morreu |
Ô BALANCÊ Braguinha-Alberto Ribeiro, 1936 Ô balancê balancê Quero dançar com você Entra na roda morena pra ver Ô balancê balancê Quando por mim você passa Fingindo que não me vê Meu coração quase se despedaça No balancê balancê Você foi minha cartilha Você foi meu ABC E por isso eu sou a maior maravilha No balancê balancê Eu levo a vida pensando Pensando só em você E o tempo passa e eu vou me acabando No balancê balancê | LINDA MORENA Lamartine Babo, 1932 Linda morena, morena Morena que me faz penar A lua cheia que tanto brilha Não brilha tanto quanto o teu olhar Tu és morena uma ótima pequena Não há branco que não perca até o juízo Onde tu passas Sai às vezes bofetão Toda gente faz questão Do teu sorriso Teu coração é uma espécie de pensão De pensão familiar à beira-mar Oh! Moreninha, não alugues tudo não Deixe ao menos o porão pra eu morar Por tua causa já se faz revolução Vai haver transformação na cor da lua Antigamente a mulata era a rainha Desta vez, ó moreninha, a taça é tua |
MAMÃE EU QUERO Jararaca-Vicente Paiva, 1936 Mamãe eu quero, mamãe eu quero Mamãe eu quero mamar Dá a chupeta, dá a chupeta Dá a chupeta pro bebe não chorar Dorme filhinho do meu coração Pega a mamadeira e vem entrá pro meu cordão Eu tenho uma irmã que se chama Ana De piscar o olho já ficou sem a pestana Olho as pequenas mas daquele jeito Tenho muita pena não ser criança de peito Eu tenho uma irmã que é fenomenal Ela é da bossa e o marido é um boçal | O TEU CABELO NÃO NEGA Lamartine Babo-Irmãos Valença, 1931 O teu cabelo não nega mulata Porque és mulata na cor Mas como a cor não pega mulata Mulata eu quero o teu amor Tens um sabor bem do Brasil Tens a alma cor de anil Mulata mulatinha meu amor Fui nomeado teu tenente interventor Quem te inventou meu pancadão Teve uma consagração A lua te invejando faz careta Porque mulata tu não és deste planeta Quando meu bem vieste à terra Portugal declarou guerra A concorrência então foi colossal Vasco da gama contra o batalhão naval |
ME DÁ UM DINHEIRO AÍ Ivan Ferreira-Homero Ferreira-Glauco Ferreira, 1959 Ei, você aí! Me dá um dinheiro aí! Me dá um dinheiro aí! Não vai dar? Não vai dar não? Você vai ver a grande confusão Que eu vou fazer bebendo até cair Me dá me dá me dá, ô! Me dá um dinheiro aí! | SACA-ROLHA Zé da Zilda-Zilda do Zé-Waldir Machado, 1953) As águas vão rolar Garrafa cheia eu não quero ver sobrar Eu passo mão na saca saca saca rolha E bebo até me afogar Deixa as águas rolar Se a polícia por isso me prender Mas na última hora me soltar Eu pego o saca saca saca rolha Ninguém me agarra ninguém me agarra |
AQUI VOCÊ VAI ENCONTRAR TEXTOS PERTINENTES AOS CONTEÚDOS DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA QUE ESTUDAREMOS NO ANO DE 2011.
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
MÚSICA DE CARNAVAL
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