FERNANDO AFFONSO COLLOR DE MELLO:
Nasceu no dia 12 de agosto de 1949, no Rio de Janeiro, à época, Distrito Federal. Filho de Arnon de Mello e de Leda Collor de Mello. Passou a adolescência no Colégio São José, no Rio de Janeiro, em regime de internato. Fernando Collor ingressou no curso de Economia da Universidade de Brasília (UnB) em 1969, quando a escola já havia sido vitimada pelos confrontos com o regime militar. Transferido para a Universidade Federal de Alagoas, em 1972, se formou em Economia. Porém, nunca exerceu a profissão. Collor casou-se duas vezes. Da primeira vez, com Celi Elizabeth Monteiro de Carvalho em outubro de 1975, e tiveram dois filhos: Arnon Affonso e Joaquim Pedro, divorciando-se em 1981. Casou-se, em 1984, com Rosane Malta Collor. A primeira experiência profissional de Fernando Collor foi como estagiário da sucursal de Brasília do “Jornal do Brasil”. Aos 22 anos, assumiu a superintendência das Organizações Arnon de Mello. Em 1979, foi nomeado prefeito de Maceió (porque na época não havia eleições para prefeitos de capitais). Impulsionou a projeção turística da cidade, que ajudou a melhorar a qualidade de vida e o rendimento financeiro da população local. Com o bom desempenho como prefeito, em 1982, foi eleito o Deputado Federal mais votado de Alagoas, pela Arena. Em 1984, participou da votação da Emenda Dante de Oliveira, que restabelecia as eleições diretas para a Presidência da República. Em 1986, Fernando Collor se elegeu governador de Alagoas pelo PMDB. Em 1989, candidatou-se à Presidência da República pelo Partido da Reconstrução Nacional (PRN), ganhando do adversário Luiz Inácio Lula da Silva, (PT), no segundo turno. José Sarney passou a faixa presidencial a Fernando Collor de Mello em 15 de março de 1990. Como primeiro ato, já no dia seguinte, houve o confisco de todas as contas superiores a 50 dólares (depósitos bancários e cadernetas de poupança). Essa medida, idealizada pela ministra Zélia Cardoso de Mello, fazia parte do “Plano Collor” que, entre outras medidas, determinavam: a extinção do Cruzado e o restabelecimento do Cruzeiro como moeda nacional; a eliminação de vários ministérios, autarquias e fundações; a venda de empresas públicas; a demissão e a colocação em disponibilidade de milhares de funcionários públicos e a redução de restrições à importação. Extinguiu o Serviço Nacional de Informações (SNI) e o projeto nuclear secreto da Marinha; demarcou os mais de 9,4 milhões de hectares da reserva Yanomâmi, território que fazia divida com países vizinhos, considerado como de interesse da segurança nacional. Depois de várias denúncias publicadas na revista “Veja”, concedida por Pedro Collor, acusando o governo de uma estrutura de extorsão e a criação do “Esquema PC”, criado por Paulo César Farias (conhecido por PC). Em 26 de maio de 1992, o Congresso Nacional instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o “Esquema PC”. As investigações não levaram a nada. Até que a revista “Istoé” descobriu o motorista particular da família Collor, que mostrou onde eram feitas contas-fantasmas, que seriam usadas por Collor. A partir daí, a produção de provas e a pressão popular tornavam o processo de afastamento de Collor irreversível. O povo passou a fazer protestos, pintando a cara e vestindo roupas pretas, em sinal de protesto contra o Presidente. No dia 29 de setembro de 1992, quando o Senado se preparava para julgar o Presidente da República, Collor, este renunciou. Os senadores entenderam que a renúncia não tinha efeito depois de iniciado o processo e o tornaram inelegível até o ano 2000. Atingido pelo “impeachment” e tornado inelegível, Collor saiu de cena. Depois de longo período nos Estados Unidos, em Miami, voltou ao Brasil e assumiu a direção da TV Gazeta, de Alagoas. Foi parte de seu discurso: “Volto a esta casa, onde vivi período de intenso aprendizado político, para receber o mandato mais honroso e o desafio mais difícil a que um homem público pode aspirar: a Presidência da República do Brasil por delegação do povo. [...] Não basta governar para o povo. É preciso aproximar o Governo do povo, o poder da cidadania, o Estado da Nação. É um compromisso sagrado de minha parte. [...] Minha eleição retrata e confirma as liberdades cívicas. Espero dos partidos, das entidades e dos cidadãos que atuem com o melhor sentido de interesse público. Para as minhas propostas, tanto desejo apoio consciente fundamentado e sincero quanto preciso da crítica que nasça de uma avaliação objetiva e racional das medidas que proponho. [...] Meu primeiro compromisso inalterável é com a democracia. Ao restaurá-la no Brasil, reatamos com o melhor da nossa tradição de direito, liberdade e justiça. Mas procurando, a partir de agora, não só mantê-la como aprimorá-la, não só honrá-la como enriquecê-la, estaremos colocando o Brasil na vanguarda de um processo histórico de escala inédita. Pois o que estamos vivendo, neste fim do século XX, é uma era de democratização. Um a um vão ruindo os autoritarismos, e em toda parte vão assomando as liberdades. [...] Conduzirei um Governo que fará da austeridade, ao lado da eficiência, a marca constante da atuação do Estado e um motivo de orgulho do funcionalismo federal. [...] É preciso, sobretudo, acabar com a concessão de benefícios, com a definição de privilégios que, independentemente de seu mérito, são incompatíveis com a receita do Estado. [...] A finalidade maior de meu Governo é libertar o Brasil da vergonha da miséria e da injustiça. [...] Juro a vocês, diante do altar de minhas convicções, que ao lado do povo vamos reconstruir o nosso País”.
Nasceu no dia 12 de agosto de 1949, no Rio de Janeiro, à época, Distrito Federal. Filho de Arnon de Mello e de Leda Collor de Mello. Passou a adolescência no Colégio São José, no Rio de Janeiro, em regime de internato. Fernando Collor ingressou no curso de Economia da Universidade de Brasília (UnB) em 1969, quando a escola já havia sido vitimada pelos confrontos com o regime militar. Transferido para a Universidade Federal de Alagoas, em 1972, se formou em Economia. Porém, nunca exerceu a profissão. Collor casou-se duas vezes. Da primeira vez, com Celi Elizabeth Monteiro de Carvalho em outubro de 1975, e tiveram dois filhos: Arnon Affonso e Joaquim Pedro, divorciando-se em 1981. Casou-se, em 1984, com Rosane Malta Collor. A primeira experiência profissional de Fernando Collor foi como estagiário da sucursal de Brasília do “Jornal do Brasil”. Aos 22 anos, assumiu a superintendência das Organizações Arnon de Mello. Em 1979, foi nomeado prefeito de Maceió (porque na época não havia eleições para prefeitos de capitais). Impulsionou a projeção turística da cidade, que ajudou a melhorar a qualidade de vida e o rendimento financeiro da população local. Com o bom desempenho como prefeito, em 1982, foi eleito o Deputado Federal mais votado de Alagoas, pela Arena. Em 1984, participou da votação da Emenda Dante de Oliveira, que restabelecia as eleições diretas para a Presidência da República. Em 1986, Fernando Collor se elegeu governador de Alagoas pelo PMDB. Em 1989, candidatou-se à Presidência da República pelo Partido da Reconstrução Nacional (PRN), ganhando do adversário Luiz Inácio Lula da Silva, (PT), no segundo turno. José Sarney passou a faixa presidencial a Fernando Collor de Mello em 15 de março de 1990. Como primeiro ato, já no dia seguinte, houve o confisco de todas as contas superiores a 50 dólares (depósitos bancários e cadernetas de poupança). Essa medida, idealizada pela ministra Zélia Cardoso de Mello, fazia parte do “Plano Collor” que, entre outras medidas, determinavam: a extinção do Cruzado e o restabelecimento do Cruzeiro como moeda nacional; a eliminação de vários ministérios, autarquias e fundações; a venda de empresas públicas; a demissão e a colocação em disponibilidade de milhares de funcionários públicos e a redução de restrições à importação. Extinguiu o Serviço Nacional de Informações (SNI) e o projeto nuclear secreto da Marinha; demarcou os mais de 9,4 milhões de hectares da reserva Yanomâmi, território que fazia divida com países vizinhos, considerado como de interesse da segurança nacional. Depois de várias denúncias publicadas na revista “Veja”, concedida por Pedro Collor, acusando o governo de uma estrutura de extorsão e a criação do “Esquema PC”, criado por Paulo César Farias (conhecido por PC). Em 26 de maio de 1992, o Congresso Nacional instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o “Esquema PC”. As investigações não levaram a nada. Até que a revista “Istoé” descobriu o motorista particular da família Collor, que mostrou onde eram feitas contas-fantasmas, que seriam usadas por Collor. A partir daí, a produção de provas e a pressão popular tornavam o processo de afastamento de Collor irreversível. O povo passou a fazer protestos, pintando a cara e vestindo roupas pretas, em sinal de protesto contra o Presidente. No dia 29 de setembro de 1992, quando o Senado se preparava para julgar o Presidente da República, Collor, este renunciou. Os senadores entenderam que a renúncia não tinha efeito depois de iniciado o processo e o tornaram inelegível até o ano 2000. Atingido pelo “impeachment” e tornado inelegível, Collor saiu de cena. Depois de longo período nos Estados Unidos, em Miami, voltou ao Brasil e assumiu a direção da TV Gazeta, de Alagoas. Foi parte de seu discurso: “Volto a esta casa, onde vivi período de intenso aprendizado político, para receber o mandato mais honroso e o desafio mais difícil a que um homem público pode aspirar: a Presidência da República do Brasil por delegação do povo. [...] Não basta governar para o povo. É preciso aproximar o Governo do povo, o poder da cidadania, o Estado da Nação. É um compromisso sagrado de minha parte. [...] Minha eleição retrata e confirma as liberdades cívicas. Espero dos partidos, das entidades e dos cidadãos que atuem com o melhor sentido de interesse público. Para as minhas propostas, tanto desejo apoio consciente fundamentado e sincero quanto preciso da crítica que nasça de uma avaliação objetiva e racional das medidas que proponho. [...] Meu primeiro compromisso inalterável é com a democracia. Ao restaurá-la no Brasil, reatamos com o melhor da nossa tradição de direito, liberdade e justiça. Mas procurando, a partir de agora, não só mantê-la como aprimorá-la, não só honrá-la como enriquecê-la, estaremos colocando o Brasil na vanguarda de um processo histórico de escala inédita. Pois o que estamos vivendo, neste fim do século XX, é uma era de democratização. Um a um vão ruindo os autoritarismos, e em toda parte vão assomando as liberdades. [...] Conduzirei um Governo que fará da austeridade, ao lado da eficiência, a marca constante da atuação do Estado e um motivo de orgulho do funcionalismo federal. [...] É preciso, sobretudo, acabar com a concessão de benefícios, com a definição de privilégios que, independentemente de seu mérito, são incompatíveis com a receita do Estado. [...] A finalidade maior de meu Governo é libertar o Brasil da vergonha da miséria e da injustiça. [...] Juro a vocês, diante do altar de minhas convicções, que ao lado do povo vamos reconstruir o nosso País”.
Fernando Collor
FONTE: http://institutohistoriar.blogspot.com/2009/05/serie-presidentes-do-brasil_17.html
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